Ao longo da história, é inegável que alguns líderes religiosos têm sido agentes ativos na perpetuação de discriminação e opressão, particularmente contra mulheres e crianças. Embora a maioria das religiões pregue valores de compaixão e igualdade, muitas vezes esses princípios foram distorcidos e utilizados para justificar abusos e violências.

Durante muito tempo, os casos de abuso sexual cometidos por religiosos permaneceram encobertos e foram varridos para debaixo do tapete. Apenas nos últimos anos, à medida que mais vítimas encontraram coragem para denunciar seus agressores, essa terrível realidade passou a ser debatida de forma mais aberta na sociedade. O cinema, como reflexo da cultura e dos tabus vigentes, passou a abordar esse tópico tão sensível e perturbador:

• As Irmãs Madalena (2002)
• Má Educação (2004)
• Dúvida (2008)
• Mea maxima culpa: Silence in the house of God (2012)
• O clube (2015)
• Spotlight: segredos revelados (2016)
• Graças a Deus (2019)
• Não conte a ninguém (2019)
• Em nome de Deus (2020)
• João de Deus - Cura e Crime (2021)
• No Caminho da Cura (2021)
• Escândalos na igreja A Luz do Mundo (2023)

Hoje, vamos contar a história do Tabernáculo dos Abusos, onde pastores culpam vítimas pelas violências sofridas e disseminam ódio. No final, temos um presente, mandem uma mensagem carinhosa para o pastor Jonas, lembrem à ele que nós não esquecemos e nem perdoamos!

O CASO

Nos últimos dias, fomos chocados - ou talvez nem tanto, dada a cultura de abuso e impunidade a qual a nossa sociedade está familiarizada - pelas palavras repugnantes do pastor da igreja Tabernáculo da Fé, Jonas Felício Pimentel. Durante um culto, esse inescrupuloso teve a audácia de afirmar que crianças vítimas de abuso sexual poderiam ser, de alguma forma, responsáveis pelo próprio tormento. Em suas próprias palavras desprezíveis:

"Existem situações em que, quando uma criança é abusada, a criança também é culpada, porque ela deu lugar. Crianças também têm culpa, mas não em todos os casos. Eu quero deixar isso bem claro." - Trecho retirado do vídeo do culto.

Para nós, pastor, a única coisa que ficou bem clara, é o quão tenebrosa e criminosa essa sua fala é.

E não para por aí, o idiota ainda teve a audácia de aconselhar os pais a manterem seus filhos trancados em casa, como se fossem prisioneiros, em vez de permitir que experimentem a vida. E esse não é um incidente isolado. Em outro episódio repugnante, esse mesmo "líder religioso", que mais se assemelha ao próprio diabo, teve a falta de vergonha na cara de sugerir que as mulheres deveriam ser evitadas no atendimento ao público, insinuando que o simples contato com uma mulher poderia levar a "situações perigosas".

Perigoso é estar na presença de machos como você, que culpam mulheres pelas próprias frustações, que subvertem a fé das pessoas ao seu bel-prazer, manipulando fiéis para que nutram ódio, levando-os ao engano, ao preconceito, a discriminação e ao abuso. Tal misoginia e preconceitos são repugnantes e não devem ter lugar na nossa sociedade.

O problema jamais será uma mulher ou a roupa que ela veste, sempre será a mente diabólica de um homem que não consegue conter seus desejos nojentos ou ou controlar seus impulsos criminosos. A culpa de um abuso ou agressão sexual nunca é da vítima, mas sim do agressor que comete esse ato repugnante e inaceitável.

A objetificação e a violência contra mulheres e meninas são frutos de uma cultura machista e misógina que precisa ser combatida com firmeza. Nenhum pretexto, como a vestimenta ou o comportamento da vítima, pode justificar ou diminuir a gravidade desses crimes. Mulheres e meninas devem ser tratadas com respeito!

O HISTÓRICO DIABÓLICO

E, claro, não podemos esquecer os escândalos de abuso que assolaram a igreja Tabernáculo da Fé no passado. Um outro salafrário, o pastor e fundador do Tabernáculo dos Abusos, Joaquim Gonçalves Silva, foi acusado por várias mulheres de abuso e importunação sexual, aproveitando-se de sua posição de poder para subjugar as vulneráveis que buscavam orientação espiritual.

Uma adolescente de 17 anos relatou, em um vídeo corajosamente publicado nas redes sociais que, em janeiro de 2021, o demônio travestido de pastor chegou a beijá-la quando esteve em seu escritório pedindo ajuda sobre o seu casamento que estava em crise. O relato a seguir pode despertar gatilhos.

“Fui pedir conselhos depois de ter problemas no meu relacionamento. Foi quando ele colocou a mão no meu corpo e me deu um beijo. Passou a mão pelos meus seios e desceu até embaixo, quando eu o interrompi. Eu fiquei em choque, nunca na vida eu esperei isso dele”. - Trecho da fala da vítima em entrevista ao G1.

À época, as mulheres afirmaram que os abusos aconteceram em momentos de fragilidade, quando elas foram pedir conselhos ao infame "religioso". As vítimas afirmaram ainda que, após terem sido abusadas, foram chantageadas a não contar para ninguém ou seriam amaldiçoadas. Como podemos ver, o diabo se disfarça muito bem de profeta!

Além disso, há também números alarmantes de "líderes religiosos" que promovem ideias absurdas e prejudiciais sobre crianças, muitas vezes justificando práticas diabólicamente abusivas como o usurpador da fé, Jonas. Esses falsos líderes usam sua posição de autoridade para silenciar as vozes das vítimas e encobrir seus crimes e os cometidos por aqueles a quem eles protegem, contribuindo para um ciclo de horror, violência e trauma.

Joaquim morreu em 2021 devido a complicações relacionadas à Covid-19 antes que a investigação fosse concluída, escapando de uma condenação. A morte do pastor encerrou o processo judicial, mas as denúncias demonstram a cultura de abuso e silêncio na igreja Tabernáculo da Fé que, ao invés de guardar a fé, tem guardado segredos cruéis de abusos sexuais e ensinamentos deturpadores.

MAIO LARANJA - A CULPA NÃO É SUA

O Maio Laranja é uma campanha que tem como objetivo chamar atenção para a importância da prevenção da violência sexual contra crianças e adolescentes. Surgiu a partir de um caso brutal, quando a menina Araceli, de apenas 08 anos de idade, foi assassinada no dia 18 de maio de 1973, em Vitória/ES. Seu corpo foi encontrado somente 6 dias depois, todo desfigurado por ácido e com marcas de tortura e abuso sexual.

É importante lembrar que os assassinos pertenciam a "famílias tradicionais" do Espírito Santo. O Brasil vivenciava a ditadura militar e recebia financiamento dessas famílias. Estranhamente, diversas pessoas ligadas as investigações do caso acabaram assassinadas e o caso somente foi concluído depois de ganhar repercussão nacional. Os assassinos foram absolvidos em 1991, chocando a sociedade e evidenciando uma grave falha na justiça.

A violência sexual contra crianças e adolescentes é um problema grave e complexo que pode causar danos profundos e duradouros nas vítimas, afetando seu desenvolvimento físico, psicológico e social. Infelizmente, muitos casos ainda permanecem ocultos e não são denunciados, devido ao medo, vergonha ou falta de informação por parte das vítimas e de seus familiares.

E enfatizamos que, em casos de abuso sexual infantil, a culpa jamais é da vítima. Crianças e adolescentes são seres em desenvolvimento, que merecem ser protegidos e respeitados em sua inocência. A responsabilidade recai inteiramente sobre os agressores, que se aproveitam de sua posição de poder, autoridade e confiança para cometerem atos repugnantes. Nenhuma criança pede ou provoca esse tipo de violência, e é crucial combater qualquer narrativa que culpabilize ou envergonhe as vítimas.

Temos que quebrar esse silêncio e promover a conscientização sobre esse crime hediondo. A CULPA NUNCA É DA VÍTIMA!

CONCLUSÃO

A corrupção e a ganância desenfreada também corroem essas instituições que deveriam representar valores como fraternidade e compaixão. Escândalos financeiros, desvios de fundos, enriquecimento ilícito - tudo isso mancha o nome da religião e mina a fé das pessoas.

E quanto aos falsos profetas que se aproveitam da fé alheia para benefício próprio? Esses são verdadeiros parasitas espirituais, alimentando-se da devoção cega de seus seguidores para acumular riqueza e poder. Suas palavras são veneno disfarçado de doutrina.

Chega! É hora de expor esses malditos charlatões e hipócritas, vocês são monstros. Não podemos mais tolerar o abuso em nome da religião, a opressão disfarçada de piedade, a misoginia camuflada de moralidade. As comunidades religiosas e a sociedade como um todo devem se unir para denunciar esses atos vis e garantir que a justiça seja feita.

Para Jonas Felício Pimentel e tantos outros como ele: suas máscaras caíram. Vocês não são líderes espirituais, são demônios. A exposição do Jonas é apenas o começo. Nós não perdoamos e não esquecemos!

Nós somos Anonymous,
Nós somos EterSec,
Espere por nós!

Confira abaixo o Exposed completo: